Liberdade

Um pássaro azul olha para o céu

Nele ela entende um pouco como sua vida era cruel

Presa na gaiola vendo apenas a imensidão do breu

Lá no final um pássaro distante, passa obstante à sua vista

Suas penas amarelas reluziam á alegria, tão distante das dela, que tingiam à sua própria melancolia

Achou que não seria notada, porém fora pelos olhos do pássaro que fora observada, e por ele, sua dor cessada

Ele chega perto e pergunta se quer ajuda, para sair daquela jaula e viver à sua vida

Seus instintos à puxam mas por medo ela ainda fica

Pensou que sair era doloroso e que suas asas não eram crescidas.

Se sentia bem onde estava porém jamais compreendida

O pássaro insistiu, desejava liberta-la daquele vazio

Desprende-la da solidão e esquecer da memória que teve, do lugar aonde a viu

Foi então que o ar da fresta a atraiu,o vento intenso à sacudiu, e seu desejo à confundiu, por curiosidade abriu sua gaiola e dali saiu

Naquele dia com ele se divertiu, quase todos os dias com ele ela sorriu

Nem percebeu que gostava tanto de sua origem que foi aos poucos se entregando à suas vertigens

Ele jovem ainda não compreendia à verdade, ela jovem não conhecia aquela intensidade

Mas contudo se amavam, e juraram amor até o fim da eternidade

E em um dia ao por do sol o pássaro percebeu o quanto esteve só

Achava que estava a esquentando, mas sua luz ia apenas lhe iluminando

Iluminando a estrada dela diferente, aonde não se conhecia o " a gente"

Ele nem sabia em que coração ela enfim se ancorou , e que foi ele mesmo que os apresentou

Pelo anos na prisão de dor, ela então tivera um favor, conversara um pouco com a liberdade e se encantou tanto por ela, que só por ela se apaixonou.

Ester de Souza
Enviado por Ester de Souza em 16/04/2020
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