Escravidão
Despossuído de mim, vago insosso,
na doçura vitral da volúpia cármica
que há muito dera, ao verme ditoso,
a maciez clerical em forma sádica.
Porque "vendi-me" a tenro preço,
acostumei às algemas que me destes...
Ah! "Sinhá minha" de olhar espesso,
repouso na ausência que me impusestes!
Vivo, então, amordaçado
pela maldita utopia
de ter teus lábios alcançado!
Todavia, ainda sofro calado...
para não ter a alforria...
de teu beijo acorrentado...