AMOR BANDIDO
Meia noite, minha alma está em
chamas
Labaredas me abraça, me consome
crepita no corpo
A fumaça me asfixia, sufoca-me, aperta a garganta
Embarga-me a voz, dificulta a
respiração
Mesmo assim estou em um lamaçal ,
formado por lagrimas
Com resíduos, de um bandido amor,
traumas submissão
Como arreia movediça, me dificulta
o andar o prosseguir
Saio tropeçando, sem rumo sem nexo
ao fim do mundo
Meu mundo, tarde demais, sequelas
foram deixadas
Nada cresce, nesse pântano de agonia,
já não tenho amor
Amor precisa de cuidados, de mimos
cultiva-los é preciso
Não soube fazê-los, oprimiu-me, se ao
menos o entendesse
Tudo ao meu redor mudou, outra esfera,
sem visão
Do que fui nada restou, metamorfose
malvada, ruim
Hoje sou escombros, da mulher que fui
outrora, longínqua
Talvez, tenha imaginado a extremidade
de um jardim
ADELE PEREIRA
24/02/20