Solidão
Vazio inexplicável
Em meio à multidão
Sentir o carinho
Mas não ter a mão...
Olhar em volta e nada ver
Um gosto de incompreensão
Sentir e nada ter
Dor na alma, dor no coração.
Mas ele não dói
Dói sim
E como dói.
Dói tanto, mas sigo,
Caminhos incertos
Arrastados
Cansados
Sem pretensão.
Seguros na ilusão.
Procuro sua mão
Mas nada vejo
Desejo ter vc aqui
Saio em meio a campina
Sigo a minha sina
A olhar a mata, ao fundo, os montes
Tudo é motivo de dor
Não por perder
Mas por saber que nunca tive...
Apenas pensei que era meu
O tempo mostrou
A realidade chocou
Destruiu a fome
E me consome.
Essa lembrança que:
Machuca
Fere
Dói
Massacra
Tem nome...
Solidão...
Poetisa Nara
Poeta Paulista