O dia
No dia em que o mato tinha cheiro de chuva.
Era o meu grito úmido e preso na garganta
E choravam os meus olhos sem motivo algum
Mais parecia prever os passos seguintes.
Nascia magestoso o sol na primeira hora do dia, e o cheiro era de papel queimando
O telefone toca, ansioso espero por notícias sua
O que ouço do outro lado é um bom dia frio e sem entusiasmo
Era ela, mais parecia não ter coragem de dizer o que pensàr ao nosso respeito
Amiúda em meu peito um coraçao já meio cançado
O silêncio toma conta de tudo
Já prevenendo da dor que viria nos minutos seguinte, arisco com uma palavra. Fale...]
Acho que acabou...] dizia ela! Sem imaginar que destruía todos os meus sonhos.
Desligo sem perceber o aparelho e aquele grito úmido e preso ecoa e resvala a dor de um amor desfeito.