Meu martírio
O vento balança as palhas do coqueiro.
Em silêncio a tarde vai caindo
a rubra barra do sol poente
indica mais um dia findado.
Foi mais um daqueles em que sua falta foi a presença que tive.
Já escureceu! E bate em min uma tristeza inexplicável, os passaros noturnos passeiam de um lado para outro procurando sua refeição diária.
Uma música meio triste taca na radiola de um vizinho, ele parece compartilhar o meu martírio.
Os pensamentos são intencionais, a lembrança daqueles momentos são latentes, mais é tudo que me resta.
Tenho em fim, uma longa noite pra sofrer sozinho a espera de mais um dia pra sofrer tudo outra vez.