Fluido amor

Não espero mais nada

Nem o por do sol, nem o luar

Apenas desenho nas árvores

Corações a se quebrar

O tempo passou rápido

Nos braços teias de aranha

O coração despedaçado

A dor ainda é tamanha

Você sumiu dos meus olhos

No peito não existe mais

Muito menos nos meus versos

Nem dentro dos meus ais

Nem mais eu espero

Que preenchas o vazio

Que acalme o furor

Do meu coração vadio

Nem na frieza da noite

Seu calor é acalanto

Nem és o amparo

Para meus prantos

Caminho pelas ruas

De lugares ermos e sem cor

De peito aberto e a mente

No afã de um novo amor

No bar toca um blues

Que se derrama sobre a mesa

Adoçando a poesia

O que é de bom da tristeza.