DESEJEI CAIXÃO
Naquela noite
Desejei teus braços.
Queria o aperto
Dos teus abraços.
Dos teus olhos me aproximar,
os teus óculos tirar,
E olhar os teus traços.
Uma noite de lua cheia
Fiquei como um lobo
Sem ter alcatéia
Era apenas um bobo
Desejei partir para outro plano,
Mas figuei por engano...
Dava notícia na Globo!
Mas perdi a conexão.
Já é madrugada,
São quase três,
E estou na calçada.
Não faz frio por aqui
Nem luz se ver daqui...
Sozinho na alvorada.
Como é triste, a tristeza
Da solidão.
Não tem um sorriso
De emoção,
Nem os teus abraços apertando
E meu corpo te acobertando.
Hoje, desejei caixão.
Tiago Alves 24 de Agosto, 2019.