Dois Sem vergonhas
Dois sem Vergonhas
Somos dois sem vergonhas,
na arte de fugir e de amar.
Um dia eu acordo possessa,
sem vontade nem de te ver.
Noutros dias fico fremente
sedenta e ansiosa por você.
Às vezes é você que não quer,
fala que nós somos diferentes,
que tudo é uma loucura, latente.
Que coisa estranha é esse tal
sentimento intenso da gente?
Um dia fujo eu e noutro é você.
Numa miríade de pensamento,
dizemos não mais nos querer.
Porém, tal messalina no sinédrio,
eu o desejo a todo o momento.
Livro Florbela, não eu