“Num Céu Sem Estrelas”
“...O sofrer de amor é um sentir tão ímpar que supera outros sentimentos e seus reflexos em nosso viver.
Os locais, locações desta história, perdem o colorido e a magia que antes existia, estamos lá como alguém que busca dados de uma história que ninguém mais se lembra.
Caminhar pelas calçadas e ruas onde vivemos este amor nos dá a sensação de criança a dar seus primeiros passos, medo, euforia, mas sem o sorriso no final da aventura.
As imagens se distorce sob um olhar inundado de lágrimas.
Nossos sentidos ficam aguçados o vento trás de longe olores conhecidos e o silêncio a voz daquele amor.
A radio cabeça toca às canções que pontuaram cada momento e o vazio em nós, faz a alma caminhar léguas em nosso interior sem nos encontrar.
A razão culpa o coração por mais uma vez acreditar, levá-la a esta “aventura” e o coração calado pulsa no compasso das horas solitárias, esperançoso que este afastamento, seja só questão de tempo e que o amor vivido ainda vivo, seja o ponto de equilíbrio e reencontro.
As dores de amores são doídas, sofridas, intermináveis enquanto duram.
Maior que elas só o amor, que nos levou a este ponto, este deserto, um momento incerto, um buraco no tempo, em que perdidos neste espaço, não sabemos como voltar a terra, a vida de quando éramos antes, de sermos amantes...”
(“Num Céu Sem Estrelas”, by Carlos Ventura)