Dói
Nem que os céus se fechem para o fim,
Nem que os mares bramam sobre mim,
Nem que as rosas morram no jardim
Nem mesmo assim...
Nem que a terra abra aos meus pés,
Nem que a lua brilhe ao invés,
E o sol nos queime amiúde.
Oh! Saudade,
Diga a essa moça, por favor,
Como foi sincero o meu amor,
Quanto eu a adorei,
Tempos atrás.
Ouça o meu pranto e murmúrio sem luz,
Que a noite apaga e o vento conduz.
Se o próprio Deus me ordenasse
E mostrasse o que almeja,
Só se uma estrela ao mar brilhasse
E todos vissem o que eu veja.