Dor Atroz
Quando de ti me refugio, contigo me deparo,
Em te perder querendo eu, a ti encontro.
Em encontrar-te, me descubro,
Desperto demônios outrora adormecidos.
Dos lamentos meus, és hoje dor
Erupção de confusas emoções
Atando ao peito pesados grilhões
Cadeias impostas por meus inimigos.
Em te querer, me rendo
E em mar de lágrimas, me afogo
Por te perder, sofrendo
Por compaixão eu rogo.
Não a ti, jamais a ti clamo,
Pois de orgulho morre a alma rejeitada
E na atroz dor se refugia
Por não ter de volta o coração de sua amada.