A VIDA DENTRO DO CORPO
Tateio paredes e peles em busca de entradas
Para o que se quer dentro de um ser trêmulo
O lençol magoado a espera da carne cansada
Eu penso que as coisas presas na lembrança
Gritam pela liberdade de voar sem destino
Eu tramo uma fuga aproveitando o sol morno
Tento rastejar sobre poeiras de rotas indecisas
Não vejo a linha do horizonte na tempestade
Mas não podemos deixar os nossos segredos
Nas pegadas gélidas de passos desesperados
Teimo em dizer para o espelho todas as frases
Que se formaram no fígado nas manhãs frias
A boca deixa que tudo ganhe tempo e espaço
Verbalizando o que Fernando Pessoa não soube
Em sua vontade de entender algo sobre o amor
Tiro de dentro da farsa mais encantadora
As migalhas que nutrem os nossos sonhos
A tristeza alojada no fundo da alma ruge
Tímpanos tremulam como roupas em varal
E a vida dentro do corpo sova-se com a dor
Tateio paredes e peles em busca de entradas
Para o que se quer dentro de um ser trêmulo
O lençol magoado a espera da carne cansada
Eu penso que as coisas presas na lembrança
Gritam pela liberdade de voar sem destino
Eu tramo uma fuga aproveitando o sol morno
Tento rastejar sobre poeiras de rotas indecisas
Não vejo a linha do horizonte na tempestade
Mas não podemos deixar os nossos segredos
Nas pegadas gélidas de passos desesperados
Teimo em dizer para o espelho todas as frases
Que se formaram no fígado nas manhãs frias
A boca deixa que tudo ganhe tempo e espaço
Verbalizando o que Fernando Pessoa não soube
Em sua vontade de entender algo sobre o amor
Tiro de dentro da farsa mais encantadora
As migalhas que nutrem os nossos sonhos
A tristeza alojada no fundo da alma ruge
Tímpanos tremulam como roupas em varal
E a vida dentro do corpo sova-se com a dor