Você
Você usou o meu coração
como um tronco bruto
para suas esculturas.
Você bateu com martelos,
desenhou com formões,
as imagens que desejou.
Você ficou, achou,
ser o dono desta arte.
Você formou de tristeza
este quadro singular.
Você rachou a tela,
da sua obra prima.
Você rasgou o tecido,
das cortinas que
ficavam em frente
às janelas.
Você derramou a
água dos meus olhos.
Você inundou de
arrependimento
a minha alma.
Você partiu, e
deixou esta obra inacabada,
este desenho esboçado,
neste pedaço do nada...
Fevereiro de 2019