CANÇÃO DO SONETISTA TRISTE

Sou um sonetista chorando sozinho;

O espinho do meu amor saca o sossego,

Aconchego que me lixou pelo caminho:

O meu carinho deixado no lixo; seu ego

Mais cego que morcego pela escuridão

Ilusão dos meus beijos cheirando à tristeza

Incerteza dos meus desejos rente ao chão…

A solidão é uma caixa cheia de frieza…

Beleza do lume do perfume, meu fruto,

Produto bruto do meu ser poeta pra ti…

Vim vindo pelo jardim como um puto enxuto,

Mas o chuto astuto que levei eu nunca vi.

Desisti de ti e hoje ensaio o meu canto

Enquanto busco neste vasto mundo

O perfume, e o mais doce elixir encanto

No recanto dos poemas, em cada segundo.

Octaviano Joba
Enviado por Octaviano Joba em 28/01/2019
Reeditado em 02/02/2019
Código do texto: T6561486
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