Depois das ruas
Segure minha mão
Siga meus passos
Não olhe para o chão
São vários casos
Não olhe para o chorão
É muito falso
Vai ver como é anão
E ainda é raso
Ouça minha voz
Que entre nós
É a mais forte
Mais que a morte
Não olhe para o sangue
Como o cachorro lambe
A que está deitada
Está esfomeada
Pegue a pílula
Será minha amiga
Não ligue para a dor
Vai sentir o amor
Eu sei que está frio
Mas por outro lado
Te meterei em brios
Meu amado
Pode não ter luz
Mas isso que seduz
E pelo que deduz
O gasto se reduz
Como disse, não olhe
Pois não colhe
Só se recolhe
Pois não é mole
Não olhe para os carros
Olhe para os cigarros
Olha! Saiu um catarro
Cada vez mais bizarro
Estou vendo fumaça
E não é o cigarro
Mas que escarro!
A neve ultrapassa
Obs: gostaria que comentassem a impressão que tiveram da poesia :v!