DOR DE POETA
O coração sofre
Triste
Quase como uma tarde fria
Solitária de abril
As lágrimas
Transmitem
Minha dor
Fogem-me
Elas são o sangrar
Da alma
A epiderme sentimental
Seguem transparentes
Não quero achar
Não quero o futuro
Como um presente contínuo
Ando descalço
Com a sensibilidade
De quem perdeu o tato
Sem o mínimo ato, tão farto.
As sombras do que não enxergo
As cadeiras vazias.
A multidão que silencia e segue.