Último desejo
No dia d’minha morte o céu irradiava anil,
Como um oceano em opressão febril.
Mas, o que, esperava, eu, perceber,
Além do meu débil ego a esmaecer?
Do baluarte, em mim, cravejado,
Não me resta qualquer desvelo,
Ou fervor de brilho escarpado,
Que me conceda garbo ao retê-lo.
Ao regressar à essa visão, todavia,
Um lampejo me invade em nostalgia:
O contemplar d’minha amada em poesia.
Se na morte ainda posso lhe estimar...,
E se nem o destino pôde lhe solapar...,
Que meu eterno fim seja então, lhe desejar.