A DOR DA PARTIDA
Como é doída a dor da partida!
A dor de quem vai, a dor de quem fica,
Um dia juras de amor, noutro desilusão e dor.
E quantas partidas já se deram?
Quanta idas e voltas,
Quantas voltas sem ida?
É um punhal quente que rasga a alma
Um coração que despedaça, sangra.
A culpa é de quem fica?
A culpa é de quem vai?
Quem teve a culpa?
E do que adianta querer encontrar culpados?
É uma terrível luta,
A quem vai ficar
A quem vai sair.
Mas o tempo,
Ah, o tempo é senhor de tudo.
Depois de um tempo tudo fica mudo
E bem distante perguntamos:
Por que tanta dor?
Se o fim era óbvio,
E bem mais sensato!
Joel Marinho