O SORRISO DE ISABEL
 
E pra falar a verdade
Estou me sentindo assim
Sem princípio, meio ou fim
 
Me despiram da vaidade
Dos meus bens materiais
Até dos meus ideais
 
Expulso da sociedade
Restou-me o isolamento
A rua, a sarjeta, o relento
 
Por aquele lindo sorriso
No momento mais preciso
Também pela sua dignidade
 
Dedico-lhe esta poesia
Que fiz sim, à revelia
Porém com sinceridade
 
As letras neste papel
Não dizem tudo, ISABEL
Todavia, dizem a verdade
 
S. Paulo, 28/06/1995
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