Um Fora Poético
Ele disse a minha pintura:
.
.
Olhos verdes.
Cachos, negros
e belos.
Lábios rosa,
sobra a prosa.
Eu o disse:
.
.
Eu sou prosa ou poesia
que não sobra, nos olhares
que me cercam, nem tão
pouco nos dedos que me
quer reescrever.
Sou a luz e a ardência
do verão.
A (flor) mosa da primavera.
Jamais queimaria nas tuas
mãos e/ou floriria no teu
coração.