FOMOS ROUBADOS

Minha musa!

Você não me perdeu

Nem tampouco a perdi.

E quando diz que não me esqueceu

Saiba também que eu não te esqueci.

Fomos roubados e traídos.

Rendidos num repente de paixão.

Fomos fracos e desentendidos

Das coisas do coração.

Se sofremos do que morremos

E vivemos apartados,

É por que já fomos dois e assim sendo,

Tudo o que já se foi, é passado!

Mas nem tudo foi perdido...

Se não fomos de um tudo errado.

O que não pode ser esquecido

É por que ficou guardado.

E nesse paradoxo em que nos perdemos,

Seguiremos abastados do amor.

Não de todo aquele que tivemos

Mas do que deu lugar a dor.

Do que deu brechas ao um desejo alheio...

Quando a flecha de um cupido tosco

Banhou-se do sangue vermelho

De um amor que já nasceu torto.

Teodoro Poeta
Enviado por Teodoro Poeta em 20/05/2018
Reeditado em 22/05/2018
Código do texto: T6341634
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