Sou lidão
Tenho uma centena de amigos
Que não sabe quem sou eu...
Cinco pessoas inesquecíveis
A quem meu peito se ofereceu!
Minhas cartas, minhas letras:
Tudo isso foi e será sempre eu!
Onde está o meu destino?
Por que foi que se escondeu?
Amigos me leem sem notar,
Amores me sentem sem me ver...
Quero as canções de Cecília,
Do crepúsculo ao amanhecer!
Quero o lápis por fazer,
E a barba por aparar,
Quero espalhar meu silêncio,
Nessa ânsia por gritar.
Meus versos de nada importam,
Nada estão a conceber:
Se a mulher que mais adoro
Ainda não sabe ler!
Deixo a ela toda a gana,
Todo o desenho percorrido...
Ela deverá ressignificar
Aquele doce sonho vivido!