Resto de dois

Do adeus

Ouvi-me num afastar barulhento

Enquanto a surdez se avizinhava

Já não eramos réus

Somente tempo entregue ao vento

Que feito cúmplice assobiava

Haviam esqueléticas pétalas

Pares de entulhadas malas

Levando nada que valesse um abraço

E nem saudade ousou pensar no porvir

O que outrora se fazia de aço

Só sabia a si mesmo desmentir

Quem conceitualizou o amor?

Quem se prestou a tamanha hipnose alheia

Enquanto aquilo que só batia sangue cálido

Ignorava a responsabilidade da dor

E hoje que se desfez a teia…

Pouco oferta horizonte válido

Não era suposto ser um beijo eterno?

Ou talvez um caminho com regresso asfaltado?

E agora! Que adeus, alem dessa surdez?

Que adeus, alem desse olhar de inverno

Cambaleando lagrimas de um ser maltratado

Sem destino que augure ser cortês!

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 04/05/2018
Código do texto: T6327268
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