Desamor
Confesso que invejo aquele que ama
De toda alma, de toda cama
Que se doa aos desejos de alguém
De corpo e alma; que vão mais além.
Invejo o olhar que busca incessante
O mundo que lhe falta em outro amante
Um complemento de si que inexiste
Numa busca de dois que um insiste.
Mesmo sem amar tento seguir
que culpa tem meu coração
Se não consegue mais sentir?
Oh tempo, tempo, que tudo cura
venha logo sem demora
Leva minha amargura.