Quando Permitimos.

As cores que vemos

Nós as vemos assim

Devido aos fenômenos da refração

No fim do dia

As roupas no varal desbotam

Não existem argumentos

Que demovam pedras

Nem palavra a resumir o tempo

Morreu sem germinar

Caiu na areia

O momento passou

E o seguinte também

Atrás do ouvido bem ouvinte

Nunca existiu ninguém

Existe a vida

Que um dia vem buscar a vida

A saber se alguém pensou

Em lançar luz diferente

Sobre a cor que vimos

O limo sobre a rocha

Resistente à luz do Sol

Prospera quando permitimos

E aquela voz suplicante

Amiuda

Um diamante raro

Perece perdido eternamente

Acontece assim na vida

Acontece assim com a gente.

Edson Ricardo Paiva.