Desalento

Desde que me deixastes,

Minhas noites são de agonia,

madrugadas insones,

auroras tristes e vazias.

Tua ausência ecoa

e eu, oca, calo o pranto em mim,

choro sem lágrimas.

A lembrança da tua partida

reverbera em sucessão infinita.

Teu cheiro habita o ar.

Inspiro você e o peito dói,

sufoco, sucumbo ensandecida.

Ive Lima
Enviado por Ive Lima em 14/03/2018
Código do texto: T6279326
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