Desalento
Desde que me deixastes,
Minhas noites são de agonia,
madrugadas insones,
auroras tristes e vazias.
Tua ausência ecoa
e eu, oca, calo o pranto em mim,
choro sem lágrimas.
A lembrança da tua partida
reverbera em sucessão infinita.
Teu cheiro habita o ar.
Inspiro você e o peito dói,
sufoco, sucumbo ensandecida.