Adeus nas palavras do compreensivo bom moço...
Me diga o universo que circunda palavras
na presente alegria de ser o que será?
se palavras são a dissolução de minha agonia
que palavras a palavra acobertará?
do sono profundo a noite alumia
os meus dias que padecem sem cessar
na triste simetria que o mundo desfez
cadente de desejos a se desandar...
mas o que palavras indicarão caminhos...
se palavras escondem o que palavras querem falar?
na estrada deserta sigo sozinho
com as palavras nunca ditas a me interrogar
trazendo desespero do seu choro que se foi
no restante do seu olhar que não ousou-me olhar...
não me trates sou um traste transeunte
perdido no espelho de novo a divagar
e as palavras adormecem por trás das palavras
deixando dito o que se tinha de falar
e se minhas palavras não foram palavras
saibas que elas têm sim, o seu lugar.