Tenho Pressa
Tenho pressa!
Teu amor já não me resta
E restei da guerra de amar.
Viverei cada segundo que houver
Sem querer cessar,
Para sugar todo o caldo de amargura
Que no caminho restar.
Quero chegar cedo!
Não mais sentir entre os dedos
O calor das palmas se afastando...
Contemplarei os vivos,
Vivendo também apressados,
Morrendo aos poucos, exaustos
E derrotados na luta de amar.
Viverei com a ausência dos tormentos tortuosos
Das paixões arrebatadoras,
Pois quero me sentir livre na morte
Do que já mais pude na vida...
E restei...
Nesta vida minha sem amor na vida,
Teu amor já não me resta!
Então, não me faça restar...