O MUNDO ESTÁ DOENTE
“No Dia Mundial do doente”
Para tristeza dos seres humanos
Neste Dia Mundial do doente
Perante todos os desenganos
Enorme doença o mundo sente.
Não é uma doença do corpo
Mas é aquela que, sem planos,
Faz do espírito um ente morto
Para tristeza dos seres humanos.
Por uma ignóbil fatalidade,
Para além do corpo e da mente,
É o vírus da “insensibilidade”
Neste Dia Mundial do doente.
É muito pior que malária
Ninguém escapa, nem os tiranos,
É uma lepra extraordinária
Perante todos os desenganos.
Não tem cura tal epidemia
E abarca quase toda a gente
E, de alergia em alergia,
Enorme doença o mundo sente.
Veste de máscara pungente
Anda por aí, de rua em rua,
Não chora, não é fria nem quente,
Mas cada pessoa tem a sua.
Está, assim, doente este mundo
E parece ir de mal a pior
É na alma qu´ o mal profundo
Tem a sua origem e tumor.
Ninguém olha à dor alheia,
Ao próprio mal ninguém olha,
De dor está toda a vida cheia
E, entre lágrimas, se desfolha.
Diz-se qu´ o homem tem coração
Mas até parece que não tem
Cada manhã é uma ilusão
E ninguém usa o deve e haver.
- Ó Mundo, que doente estás,
Quebra, para já, tuas algemas
E da doença livre ficarás
Resolvendo os teus dilemas.
Teu mal é não teres confiança,
Por não te conheceres bem,
Sai da tua concha e avança
Escolhendo o que te convém.
Se olhares ao teu caminho
E acenderes a luz da fé
Verás que aprenderás sozinho
A caminhar pelo teu pé.
E, já agora, desata o laço,
Abre as janelas do altruísmo
Não prolongando o embaraço
Que te afunda no egoísmo.
- Ó vós, oh vós, Grandes da Terra,
Tudo é breve tudo é pequeno,
Dai solução a esta “guerra”
Tornando o Mundo mais sereno!
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA