Nenhuma demora

Isolei-me, por fim.

O corpo doente, carregado de ressentimentos,

sucumbiu a qualquer desejo que me trouxessem os demais.

E por tão pouco ou quase menos, desisti das festas,

aparei outras arestas e resolvi ficar sozinho.

O que ainda me atrapalha há de deixar-me,

porque agora, tudo está por um enquanto,

breve, pesaroso mas previsível.

Enquanto a fraqueza sai de mim, nessa dor,

o que perco já não dou conta, deixo perder.

Agora, pouco é o que me importa,

a mágoa que ainda me corta,

promete nenhuma demora.

PENDRAGON
Enviado por PENDRAGON em 25/12/2017
Código do texto: T6208280
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