Nenhuma demora
Isolei-me, por fim.
O corpo doente, carregado de ressentimentos,
sucumbiu a qualquer desejo que me trouxessem os demais.
E por tão pouco ou quase menos, desisti das festas,
aparei outras arestas e resolvi ficar sozinho.
O que ainda me atrapalha há de deixar-me,
porque agora, tudo está por um enquanto,
breve, pesaroso mas previsível.
Enquanto a fraqueza sai de mim, nessa dor,
o que perco já não dou conta, deixo perder.
Agora, pouco é o que me importa,
a mágoa que ainda me corta,
promete nenhuma demora.