O poeta obscuro
Bem aventurado o poeta, que de alegria fala e de amor escreve.
Infeliz é o homem, que disso não escreve e também não consome.
Assombrosos são seus dias, e agonizante suas noites.
Esse pobre morto vivo, morre de saudade e vive da dor,
Escreve de tristeza, de desilusões e de sua fiel companheira nostálgia
Esse poeta obscuro tem a alma censurada, se é que tem alma, o infeliz.
O maldito poeta sou eu,
Escreve somente do que viveu.
Então não me culpe por favor,
Sou poeta não inventor.