INTREPIDÊNCIA

Agora se juntavam o intrépido
com a tua clássica ardência
fazendo de mim um fantoche
que digladiava só e sem armas.

Nos ventos fortes deste umbral
a vida parecia pedir mais ares,
enquanto seu cuidadoso vestir-se
ia se ajustando aos modelinhos.

Que mal haveria se te confessasse
ser você a rainha de meus sonhos ?
E depois a mim quase nada dissesse
recolhida dentro de teu castelo ?

Ah...esses momentos de dúvidas !
São fráguas que me incendeiam
como um aço batido a cinzel...
mostrando de viés tuas formas !

Agora você chega, finalmente !
Mas é ainda a mesma de ontem,
indiferente a tudo aquilo que sou...
brandindo palavras como espadas
em minha paixão toda lacerada !!!

Hum... e você que foi por mim
tão amada !!!
Quando vai voltar a amar-me ?

Autor : Cássio Seagull
Em 13-11-17 SP