Condessa Vermelha

Ela nem mesmo sabe que eu existo

Não se importa com o que sinto

Mas quando é preciso, diz que sou seu amigo

Como que ela quer que eu acredite nisso

Simplesmente é impossível, sem sentindo

Estou preso em um cubo de vidro

Me trata como um frágil cão de estimação

Brinca comigo, maltrata em qualquer ocasião

Acho que a linha do limite está se aproximando

Estou me distanciando, me afastando

Mas lá no fundo, há uma parte que segue acreditando,

Que ela me trata como um objeto por que me ama

Sei que meus sentimentos me enganam, estão se revelando

Enquanto isso a frieza dela avança.

Colocando meus pensamentos como soldados,

E os lógicos como sargentos respeitados

O general guarda consigo o que sinto por ela

Não posso deixar que o interesse dela derrote minha defesa

Mas que posso fazer se quando a vejo, meu ar congela?

Não sei o que fazer, ela é formada em esperteza.

Sei que se eu disser que a amo,

Voltarei para casa com o peito em prantos

Não será um engano, eu não suponho, eu sei

Assim que eu falar, de mim debochará, já vi isso uma vez

Tenho muito medo, pois o sentimento passional que sustento,

Simplesmente não possuí freio

Se esses versos eu não tivesse feito

Se eu ao menos fosse um poeta, seria perfeito

Mas não, sou apenas um qualquer na multidão

Sem qualidade para me identificar, preso na escuridão

Me vejo rodeado de paredes, mostrando a mesma ilusão,

Onde estou segurando aquelas pequenas mãos.

Não existe um preço para o que sinto, já procurei

Mas existe um limite, e eu o alcancei

Estou cansado de ser pisoteado

Meu peito grita de dor, está sufocado

Já não possuo mais a imagem de uma princesa,

Essa pintura se revelou ser uma cruel condessa vermelha

Causadora de grande parte de minha tristeza

Sofro muito com as feridas que ela me deixa

Não aguento mais este sofrimento

Já não sei mais o que fazer para escapar desse tormento

Essa dor nunca que se muda para o esquecimento

Revivo ela todos os momentos.

Eu sempre estive ao seu lado

Sempre enxuguei suas lágrimas

E sempre a ajudei quando estava em pedaços

Impedindo-a de ter uma eutanásia

Tentei fazer usas dores desaparecerem feito mágica

Mas parece que ela se esqueceu do que fiz

Hoje não sabe mais quem sou eu, apenas um infeliz

Não a seguia por popularidade, "socialite"

Eu a amava de verdade, e sei que eu era o único

Porém, no presente, ela me faz sentir um inútil.

As trancas do coração dela estão soldadas para mim

Acho que ela não irá mudar, chegou meu fim

Me esforcei, mas fora tudo em vão

Hoje irão cessar as mensagens de atenção

Hoje eu irei me despedir daquela que um dia estava na solidão

Daquela que fora a dona do meu coração.