LAPSO DE TEMPO
Você,
A fitar-me estranhamente
Como se eu tivesse cometido
Um grande crime contra a humanidade.
Você,
Com impiedade na cara,
Olhava-me com olhos de monstros
A cada dia que eu te via
Pelos corredores da vida
Agitada por culpa
De todos nós
Em um lapso de tempo qualquer.
Você,
Com cabelos soltos ao vento
Um olhar agudo atento
Dizia palavras soltas no ar
Para prejudicar-me aos poucos!
Ituiutaba – MG, 2011.