O mar das desilusões
O mar das desilusões
Tamanha à força da tormenta que muitas naus em pedaços por todo mar em silêncio vão afundar,
Suspiro de cada marujo será silenciado por suas ondas nem mesmo os gritos mais sofridos estridentes alguém ouvirá !
O mar das desilusões revolto ora silencioso às suas presas sempre irá vitimar !
Implacável ele segue quieto esperando por quem sem sorte nele busque se aventurar !
Faz muito medo !
Será necessidade que obriga alguém nele se atirar ?
De contra às ondas !
Às pedras !
Mil perigos !
Uma imensidão pronta à te devorar !
Um lugar solitário, meu calvário nele vou me lançar !
Não por coragem, estupidez, busca da verdade.
Respiro fundo acabou meu mundo de certezas
Olho no horizonte da minha vida busco à felicidade perdida já quase esquecida
Já não há lágrimas pra chorar
Nem mais machucados lá
Marcas de eternos arranhões
De tentar amar à quem destilou desse ser
O que de melhor lhe agradou
Brincou com amor, machucou
Não deixou outra opção lançou-me
No mais profundo mar das desilusões
Abracei-me na tristeza com uma única certeza que mesmo ferido
Nadando contra à arrebentação
Com toda força do meu ser
Contra toda sorte de solidão
Lutando contra às piores marés do medo
Às incertezas logo passaram
Um dia essa noite tão sombria acabará
Nesse mar das desilusões
E numa praia de areia brancas
Minha alma descansará
Pra encontrar o amor verdadeiro
Com o poder renovador
De saciar minha sede de amar
De cicatrizar de vez velhas feridas
De trazer uma nova luz ao meu olhar
Pois lugar de marujo sofrido
Já não é mais nesse mar
Mais para todo sempre nos braços
Daquela à quem ele possa verdadeiramente amar !
Ser amado ! Viver esse amor !
Tendo à certeza que desse sentimento
Esse casal irá se afogar ...
Ricardo Do Lago Matos