Versos Derradeiros

Versos derradeiros de um amor primeiro.

Trazidos a pena no pulsar de um coração em pranto;

Que, já não cabendo em si, derrama se no tinteiro.

Para desenhar em rimas versos de dor e acalanto.

No papel um sentimento nu e verdadeiro.

Despido, despojado, sem coberta e sem manto;

Como vaso disforme é de novo barro nas mãos do oleiro.

Já sem vida ou cor perdeu todo o seu encanto.

Acabou se, dissipou se, num tiro certeiro.

Triste fim de história pra quem amou tanto e tanto...

Flávio Dourado
Enviado por Flávio Dourado em 10/09/2017
Reeditado em 23/07/2024
Código do texto: T6110435
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