Meteoro

Vive a minha alma vagueando, como um meteoro,

De coração em coração

Na penumbra da noite impregnada de estrelas.

Ocultando o vazio e o pesar

Do olhar, sem contemplação

Do coração sem palpitação

Do peito sem respiração.

Tenho vivido o suficiente para já não julgar a vida longa,

Nem considerar o amanhã como garantido.

O que era supostamente meu foi perdido

Em fluorantimônico desfez-se,

Foi corroído

O companheirismo, diluido

E o amor um dia jurado,

Perdeu-se, foi corrompido.

Valério Maúnde
Enviado por Valério Maúnde em 18/06/2017
Código do texto: T6030418
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