Meteoro
Vive a minha alma vagueando, como um meteoro,
De coração em coração
Na penumbra da noite impregnada de estrelas.
Ocultando o vazio e o pesar
Do olhar, sem contemplação
Do coração sem palpitação
Do peito sem respiração.
Tenho vivido o suficiente para já não julgar a vida longa,
Nem considerar o amanhã como garantido.
O que era supostamente meu foi perdido
Em fluorantimônico desfez-se,
Foi corroído
O companheirismo, diluido
E o amor um dia jurado,
Perdeu-se, foi corrompido.