Talvez, Não Sei!
Quanto a te amar, não sei!
Talvez no passado, quando então
Em mim tu te detinhas,
O tenha feito, é talvez!
Quanto a te amar não sei!
Hoje minha alma se debate
Num atroz estado, em vitupérios
Mentais, na duplicidade,
No ceticismo pela vida em geral!
Estou ligado a um estado
De confiança profunda e inabalável
Em dadas convicções axiomáticas,
Quanto a te amar, talvez!
Talvez outrora realmente o
Quisera e desejara, e dera azo!
Mas agora, como?!
Nem pra me enxergar tu paras,
Nem me olhas,
Como te amar agora?!
Quanto a te amar, não sei!
Talvez se até mim vieres,
Se deixares que te beije e toque,
Se me abraçares e cantares
Ao meu ouvido um ledo engano,
É, quanto a te amar, não sei, talvez!