Talvez, Não Sei!

Quanto a te amar, não sei!

Talvez no passado, quando então

Em mim tu te detinhas,

O tenha feito, é talvez!

Quanto a te amar não sei!

Hoje minha alma se debate

Num atroz estado, em vitupérios

Mentais, na duplicidade,

No ceticismo pela vida em geral!

Estou ligado a um estado

De confiança profunda e inabalável

Em dadas convicções axiomáticas,

Quanto a te amar, talvez!

Talvez outrora realmente o

Quisera e desejara, e dera azo!

Mas agora, como?!

Nem pra me enxergar tu paras,

Nem me olhas,

Como te amar agora?!

Quanto a te amar, não sei!

Talvez se até mim vieres,

Se deixares que te beije e toque,

Se me abraçares e cantares

Ao meu ouvido um ledo engano,

É, quanto a te amar, não sei, talvez!

PauloAndrade
Enviado por PauloAndrade em 13/06/2017
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