Desfazer as malas
É hora de desfazer as malas...
Tudo volta ao que era antes,
mas com um agravante,
roupas sujas, pra lavar
e que não ficarão limpas como antes.
Histórias pra contar
De um sonho vívido,
um sonho interrompido
e um coração dilacerado.
Lágrimas descem
Como água corrente
e leva um rosto que
antes fora contente.
Sonhos jogados no chão,
perdidos no tempo...
no tempo que se encarrega
de tudo... até do esquecimento.
Quanta dor em meu peito...
Que se derrama em pranto
não tem outro jeito.
Coração murcho como a flor
colhida na madrugada
e jogada na beira da estrada.
Por que será que tem que ser
Desde jeito?
Só restou na mala
a saudade e a decepção
que parece uma espada
plantada em meu peito. Léo Lima