Vampiro

Como ave noturna sondou-me

Na espreita do ataque ali restava

Tentou tocar-me

Tentou ferir-me

Mas mal sabia ele

Que amaldiçoada estava

De minha boca exala

O mais líquido amor

Que penetra as almas

E lhes causo tanta dor

De amar e não ter

De enredá-lo em sonhos

E nunca sua ser

Faço-me veneno

Lânguida, rastejante

Serpente dos amantes

Lasciva

Voraz, a caninana

Da aridez

Que em meio aos cactos

Jazz!

Madame F
Enviado por Madame F em 08/04/2017
Reeditado em 08/05/2017
Código do texto: T5965256
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