Vampiro
Como ave noturna sondou-me
Na espreita do ataque ali restava
Tentou tocar-me
Tentou ferir-me
Mas mal sabia ele
Que amaldiçoada estava
De minha boca exala
O mais líquido amor
Que penetra as almas
E lhes causo tanta dor
De amar e não ter
De enredá-lo em sonhos
E nunca sua ser
Faço-me veneno
Lânguida, rastejante
Serpente dos amantes
Lasciva
Voraz, a caninana
Da aridez
Que em meio aos cactos
Jazz!