ultimo ato
As juras de amor, leio e relembro
Palavras enriquecidas de calor
Beijos ardentes, abraços amenos
Silêncio – agora só lamentos
Fria caminhada de uma lua solitária
Desaguando passo a passo
Triste ensejo da lua sem cravos
Morrestes teus desejos
Minh’ alma já quase sem cor
Silenciosa como um cavaleiro
Errante, solitário e sem forças
Caminha entre chuvas e nevoeiros
As luzes se apagaram, o palco no breu
Relembro beijos, afagos e caricias
Mas, como sina e fato eis-me aqui
Sozinha, no meu ultimo ato.
Rosa dos Anjos - Março/2017