SOLEDADE

Quando vi teu rosto lindo

foste tudo que sempre quis

teus olhos semicerrados

e você sempre sorrindo

minha doce Beatriz

todas aquelas bobagens

fizeram-me um homem feliz

Hoje o que mais persiste

é o preço do desgosto

em um sombrio noturno

e reposto é que consiste

quando imagino teu rosto

não canto a nossa canção

e não sonho quando durmo.

Você se foi de repente

e sem poder me despedir

nem essa distância imponente

ainda não nos separa,

por tanto mais que eu tente

tomara que você morra

de vez de dentro de mim

Quando meu ser se depara

com a minha sanidade

a água que corre do rosto,

meu coração dispara

consumido de saudade

pedindo mais um beijo

na boca ainda vem o teu gosto

Quando eu te implorei pra ficar

Você simplesmente sorriu

Com a mesma serenidade

de mais um breve repousar

parecia que dormiu

te propus amor eterno

antes de ver que era verdade

das memória que tenho,

esqueci de te esquecer

Quanto mais te desdenho

mais desejo te amar

sei que devo endoidecer

E por conta desse empenho

sei que devo enlouquecer

Pois é da minha solidão

que você faz companhia

E das minhas nostalgias

quis te odiar mas não posso

pois querer não é poder.

Paulo Cezar Pereira
Enviado por Paulo Cezar Pereira em 31/01/2017
Reeditado em 11/10/2020
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