O Homem Odiado
Depois de ter inserido fios e tubagens,
Penetrando a pele do teu corpo,
Começo a busca pelos teus ideais,
Pela tua personalidade.
Tu, horizontalmente sobre a cama,
Inconsciente e ignorante,
Subjugada à minha curiosidade,
Ou melhor,
À minha frustração.
Todos estes fios, cabos e tubos,
De teu cérebro inserido,
A esta minha máquina estapafúrdia.
A informação do monitor é ilegível.
Completa com algoritmos
E gráficos com símbolos para mim desconhecidos...
E o meu olhar desvia da tela para os teus olhos,
Tento eu compreender a razão da tua raiva,
A razão do teu ódio e intolerância.
Porquê?
Porque me odeias?