MENTIRA
Tua cútis é flor que não viceja
Teu coração é pedra que não respira
Bem sabes que a falena o pólen deseja
Mas teu fim será tão amargo qual viga sem esbirra...
Manjar de interesses é a Self de tua imagem
Casou-se com o homem que só o dinheiro deflora
Tua virgindade é flora que se desarvora selvagem
Homem que te cobre de diamantes e em instantes rouba tua hora...
Corvina dos diabos
Nada por negrumes rios
Só faz o mal com olhos vidrados
Seu inferno de maldades está sempre no cio...
Noites vazias roupas no varal
Folhas de saudade como letras derramadas
Caem em piruetas na relva do meu quintal
Quais letras no papel almaço fazendo poesia
Se pudéssemos medir saudade este poeta mediria
Alinhavaríamos todas as estrelas do céu e ainda espaço sobraria...
Não sei de onde vem tantas folhas seculares
Mais se árvores em teus ossos tivesses parceria
Saberias que de teus olhos tronculares
Lágrimas nunca caem vazias....