Brinquedo

Brinquedo

Olha nos  meus olhos

E diz o que quer

Um brinquedo novo

Já que os velhos

Não mais a satisfazia

Ele era pierrô triste daquela trama

De alegrias em dias de festas

Acabando só na calmaria

Era uma caixinha

Onde guardava seus segredos

tristezas e alegrias

Onde se debruçava para contemplar

Tudo que fizera ao seu redor

Pois onde o mundo giraria

Só mesmo usava a noite e o dia

A qualquer hora quando queria

Fazia promessas de toda sorte

Ele sempre acreditava

Pois nele mal cabia tanto amor

Por alguém que não devia

Era usado

mas sempre sorrindo ali ao lado

Pronto pra te servir

A qualquer hora ali estaria

Era feliz ao seu modo

Um jeito estranho

Um pouco de quase nada

Para aquela alma bastaria

Ser teu cavalo de batalha

Um mamulengo

Ser teu brinquedo

Sem ter valor

Ser sua esperança

Que a ti algum dia serventia

Queria apenas que a dádiva Caísse sobre ele

Fosse teu amor

Seu sonhado amor

Que  sua alma anela

E por toda a sua existência

esperaria...

Ricardo do Lago matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 25/09/2016
Reeditado em 27/03/2017
Código do texto: T5772534
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