Brinquedo
Brinquedo
Olha nos meus olhos
E diz o que quer
Um brinquedo novo
Já que os velhos
Não mais a satisfazia
Ele era pierrô triste daquela trama
De alegrias em dias de festas
Acabando só na calmaria
Era uma caixinha
Onde guardava seus segredos
tristezas e alegrias
Onde se debruçava para contemplar
Tudo que fizera ao seu redor
Pois onde o mundo giraria
Só mesmo usava a noite e o dia
A qualquer hora quando queria
Fazia promessas de toda sorte
Ele sempre acreditava
Pois nele mal cabia tanto amor
Por alguém que não devia
Era usado
mas sempre sorrindo ali ao lado
Pronto pra te servir
A qualquer hora ali estaria
Era feliz ao seu modo
Um jeito estranho
Um pouco de quase nada
Para aquela alma bastaria
Ser teu cavalo de batalha
Um mamulengo
Ser teu brinquedo
Sem ter valor
Ser sua esperança
Que a ti algum dia serventia
Queria apenas que a dádiva Caísse sobre ele
Fosse teu amor
Seu sonhado amor
Que sua alma anela
E por toda a sua existência
esperaria...
Ricardo do Lago matos