Alma
Alma
Entrego-me ao desespero
De tanto querer o antes esquecido
Odiado amargurado de prantos
Por machucados mal sarados
Ainda doloridos e ressequidos
Sentimentos abandonados
Ao léu jogados
Só esperando um bom momento
Para serem resgatados
E como posso ?
De Tudo isso ter esquecido
Olhar à tua face
Que nela fiz tantos carinhos
Em meios beijos furtivos e desejos
Ainda assim tu me enganaste
Em meio à juras com tanta ternura
A ti meus olhos eu entreguei
Tu era fiel ?
Nada ficava entre nós ?
Nem mesmo o céu ?
Era feliz
E nem sabia que quando
dizia que me amavas
Também me traía
O meu amor era sincero
Muito puro ,um tanto ingênuo
Mas sempre seguro
Pois quando dizia te amo
Que por ti morreria
Mais sem teu amor não viveria
Vem ao meus olhos um mar de lágrimas
Quando te vejo
Não mais desejo
Agora onde o amor morava
Aqui nesse peito existe uma mácula
Uma grande ferida fétida
Corroendo aos poucos todo meu ser
Onde existiu um coração
Hoje tem um grande abismo
Um mar de tristeza
O cais da decepção
Como posso te olhar nos olhos
E não lastimar
Um ser tão frio e mesquinho
Como amigo ter que nos tratar
Um irmão um amigo
Por qualquer erro perdoaria
Mais a você pessoa que amo
Confiei meu coração
Minha alma
Minha razão
Eras tudo pra mim
Depois dessa decepção
Jamais haverá perdão...
Ricardo do Lago Matos