Não me deves nada
Não me deves nada
Por nada negociei com ti
Nada te emprestei
Quiçá algo te vendi
Apenas ofereci
Ofertei de bom grado o que lhe foi dado
E nada em troca te roguei
Não houve custo nos meus carinhos
Nem nos meus sentimentos
Nem nos meus cuidados
Eram tantos agrados
Eram carícias a serem trocadas
E só de idas à ti paravam
Te dei amor
Algo estranho pois não conhecia
Desdenhava de mim
lançou- me ao vento
Me deixou ao relento
Minha riqueza
Foi sol e chuva
Muita tristeza
Era muita maldade
Sua especialidade
Tu és vazia
Calma , má e fria
Não reconheço aquela pessoa
Que se afeiçoa por aquele anjo
Que sem maldade
Me conquistou com um sorriso
Tanta pureza atenciosa
De um coração limpo
Tão suave que me rendia
Hoje não me deves nada
Pois foi tanto amor
Que a te foi dado
Tenho certeza que no teu íntimo
Lá no fundo ainda está guardado...
Ricardo do Lago Matos