Fria
Fria
Criatura prepotente
Fria alheia ao mundo ao seu redor
Coberta de arrogância
Olha o mundo do alto de sua glória
Certa de que tudo que fala
Seja única verdade a tua verdade
Palavra célebre e única
A verdadeira ambrosia
Néctar dos deuses
Dona da verdade de braços cruzados
Analisa a todos com certa frieza
Na sua altivez e superioridade
Pra ela ausência de sabedoria
As pobres almas que rogam
da sua atenção
Não sabem que mal nela contia
De onde vem tanta soberba
Com tantas normas
Ritos possui nem creio
Que realmente me ouviria
As palavras por ela passam
Pois ecoam por ser tão vazia
Como pode existir pessoa assim
Entre nós com sentimentos
Sofrer nas mãos dessa pessoa
Tão nobre rude burguesa
Que olhando bem tem raízes
Na pobreza de onde ela
Tanto despreza e discrimina
Um passado oculto
Dessa pobre esnobe alma vazia...
Ricardo do Lago Matos