Matéria

Acho que sou livre

Para chorar gotas secas

Em meu rosto cicatrizado

Frio e vazio

Não acredito que posso doar

Uma semente no chão

Assim nascer uma flor

No meu do meu coração

Sou fruto e o desejo de matéria

Usada e descartável

Que não há sentimento

E nem remorso por canalizar isso

Fiz-me por satisfeito de viver

Essa nova escrita

Pincelar meus novos traços

Por cima de feridas passadas

Agora quero viver assim

Entre o desamor de crer

No tal amanhã que parece incerto

Como céu

Acho que prefiro assim...

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 02/09/2016
Código do texto: T5747647
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